8 Onze meses.

Quem diria, né? Eu, aquela que um dia chegou a acreditar que fosse morrer sem nunca namorar. A menina independente, que não precisava de nada e ninguém. Que passou exatamente 17 anos da sua vida sozinha. Que nunca acreditou nessa babozeira de amor e muito menos que algum dia alguém poderia fazer ela dar o braço a torcer. Quem diria... Aqui estou eu. Hoje, fazendo 11 meses de namoro com alguém que eu nunca esperei que entrasse na minha vida. Alguém que eu conheci e não notei. Alguém que apareceu na minha vida e eu estava deixando passar. Ainda bem que as coisas mudam, e que um dia sem nenhum motivo nós nos aproximamos. Aqui estamos nós. Juntos. Amigos. Namorados. Onze meses de companheirismo. Onze meses que eu não sou mais quem eu era. Hoje, minha felicidade depende de alguém. Não sei mais acordar sem pensar em lhe dar um bom dia. Nem dormir sem receber um boa noite. Não consigo mais assistir filmes sem pensar em nós dois, nem ficar brava quando você passa mais de algumas horas sem falar comigo. Hoje eu dependo de você. Não sei como isso foi acontecer... Eu, que era tão independente... Como foi que você fez isso? Quando você resolveu que mudaria a minha vida? Agora eu acredito no amor. E as vezes morro de raiva em acreditar. Me sinto tão estúpida quando fico mal por alguma besteira que antes eu não me importaria. Ciúmes. Ah, eu descobri que nunca tive tanto ciúmes de alguém na vida. Mas sabe... Você me mudou. Você me fez feliz. Você me fez acreditar em mim mesma. Então, consequentemente, você é meu. Só meu. Todo meu. Da cabeça aos pés. E eu adoro saber de cada detalhe seu. Cada defeito, cada mania, cada expressão. Eu sei dizer exatamente só de olhar pra você ou escutar tua voz quando não está bem. E sabe? Eu até gosto de quando a gente briga. Parece que são nessas horas que eu percebo o quão importante pra mim você é. As reconciliações só provam pra mim mesma o quanto é bom ter você por perto. E eu não quero te perder. Não posso te perder. Você faz parte de mim agora. Aliás, você ja devia ser antes e eu não sabia. Nascemos um para o outro... E eu demorei tanto tempo pra descobrir isso... Adoro seu sorriso torto, sua cara de irônico, seu olhar profundo, suas mãos macias, seus dentes, seu cabelo e até essa sua orelha de dumbo. Você que não era nada, agora é tudo. É perfeito com todos os defeitos... E olha que você tem milhares deles! Eu aprendi a aceitar cada um. Essa sua mania de querer ser independente. De não gostar de quando fico no seu pé o tempo todo. Mas você sabe e eu sei, que quando eu abro mão da minha possessividade e deixo você um pouco mais "livre", lá vem você dizendo que eu não te amo mais. Que eu estou diferente... Mas ué, só estou fazendo o que você pediu! Esse seu jeito de ir querendo ficar. De ser independente mesmo sabendo que depende de mim. De querer voar, sabendo que dalí a cinco minutos vai querer o conforto do meu abraço novamente. Pois é, onze meses. Quase um ano... E quem diria? Ninguém. Ninguém nunca imaginaria que duas pessoas completamente diferentes se encontrariam... E se completariam. Obrigado por completar o meu quebra-cabeça e mostrar pra mim que ninguém é feliz sozinho. Hoje, eu posso dizer que TE AMO. E que, mesmo que você não saiba, fecho os olhos todas as noites e agradeço a Deus por ter você em minha vida. Onze meses. E eu espero que dure mais um bilhão de onze meses. É, e quem diria...

Sih Bartoletti.